Poucas horas antes de completar uma semana do encalhe na costa de Santa Catarina, a baleia franca que agonizava entre as praias de Itapirubá e do Sol, no litoral de Laguna, morreu na madrugada desta terça-feira. O animal não resistiu à segunda aplicação de medicamentos por especialistas envolvidos no sacrifício do cetáceo, que mede cerca de 16 metros de comprimento e pesa mais de 40 toneladas. Ainda na noite de segunda, as doses das diferentes medicações necessárias para a segunda eutanásia na baleia foram viabilizadas por meio do apoio financeiro de empresários locais. Biólogos e veterinários da força-tarefa montada para acompanhar o caso decidiram aproveitar a maré baixa, no começo da madrugada desta terça, para iniciar o processo de sacrifício. O animal morreu em seguida, após a aplicação das drogas. A médica veterinária e doutora em Patologia Animal, Cristiane Koslenikovas, anunciou que informações detalhadas sobre as drogas e dosagens usadas no procedimento serão divulgadas em revistas especializadas. Veja toda a cronologia do caso na sequência.
Remoção
A coleta de órgãos do animal morto para análise começam ainda nesta terça-feira, segundo a diretora de Pesquisas do Projeto Baleia Franca, Karina Groch. Após a conclusão da necropsia, a carcaça da baleia deve ser enterrada na mesma região do encalhe e, mais tarde, ser encaminhada para uma universidade local.
Cronologia
Terça-feira, 7 de setembro. A Polícia Militar Ambiental recebe pela manhã a informação de um pescador de que uma baleia franca encalhou na praia, em Laguna. Pesquisadores começam a monitorar o animal e tentam fazer o resgate, sem sucesso.
Quarta-feira, 8. Especialistas buscam um rebocador para tentar remover o animal da areia. Cerca de cem pessoas, entre curiosos, ICM Bio, polícia e projeto Baleia Franca vão ao local para acompanhar o resgate, mas o mar agitado dificulta os trabalhos. Depois de mais de 24 horas de encalhe, o animal fica com a saúde cada vez mais debilitada e apresenta frequência respiratória lenta. O local é isolado, e os especialistas passam a cogitar a eutanásia, se as tentativas de resgate não derem certo.
Quinta-feira, 9. A baleia franca encalhada apresenta sinais de exaustão. Para evitar que o animal fique desidratado, especialistas jogam água sobre o corpo do mamífero. Eles se esforçam para resgatar o animal, mas a operação se mostra complicada pela localização da baleia. O uso de rebocadores é descartado, porque os barcos não conseguiriam chegar próximo o suficiente do local onde a baleia está. Diminuem as chances de sobrevivência do animal, que mede 15,80 metros e pesa entre 40 e 50 toneladas.
Sexta-feira, 10. Há dias lutando para resgatar a baleia, os especialistas verificam que o animal continua em estado de choque. O mamífero não se move mais e apenas respira. Voluntários recolhem a água do mar com baldes para jogar sobre o corpo do animal e evitar o ressecamento da pele. O sacrifício da baleia era visto como a única alternativa para evitar que o animal agonize por mais tempo na praia, até morrer. Os especialistas, após esgotarem as possibilidades de resgate, decidem pela eutanásia. No começo da noite, são aplicados os medicamentos.
Sábado, 11. Mesmo recebendo uma alta dose de medicação, a baleia ainda resiste e agoniza na praia. A resistência do animal surpreende os especialistas, que monitoram o mamífero. Sem mais alternativas, a equipe segue cuidando da baleia e aguarda a morte natural do animal.
Domingo, 12 Estado de saúde do animal continua estável. Médicos veterinários, biólogos e demais integrantes do grupo de especialistas que monitoram as condições de saúde da baleia decidem por aplicação de mais medicamentos, com doses mais fortes, para pôr fim ao sofrimento do animal.
Segunda,13 Envolvidos em nova tentativa de sacrifício da baleia buscam recursos para conseguir as novas doses de medicamentos a serem aplicados no animal, na segunda tentativa de sacrifício. Na primeira tentativa de sacrificar o mamífero, foram usados recursos da Universidade do Estado de Santa Catarina, mas os especialistas decidiram aplicar uma outra medicação, já que a utilizada anteriormente não provocou a morte da baleia. Antes da noite, empresários locais cederam recursos para a compra do medicamentos. A equipe de especialistas volta a se reunir por três horas para decidir quando o processo de morte terá início.
Terça, 14
Durante a madrugada, equipes aproveitam a maré baixa para dar início à segunda tentativa de sacrifício da baleia. Aplicação de medicamentos ocorre com sucesso e animal morre em seguida.
Força-tarefa
Participaram das operações de tentativa de resgate e sacrifício da baleia franca integrantes da Área de Proteção Ambiental (APA) da Baleia Franca, do Centro de Mamíferos Aquáticos do Instituto Chico Mendes (ICM), Projeto Baleia Franca (PBF), Instituto Baleia Franca (IBF), Associação R3 Animal, Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc), do Laboratório de Mamíferos Aquáticos da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), da Capitania dos Portos, além de representantes da Polícia Militar Ambiental e dos Bombeiros.
Fonte de dados: Projeto Baleia Franca e Diário Catarinense
Fotos: RBS/Projeto Baleia Franca e Populares
Galeria de Fotos
Fonte de dados: Projeto Baleia Franca e Diário Catarinense
Fotos: RBS/Projeto Baleia Franca e Populares
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Parabéns a todas as ongs, que fizeram sua participação na tentativa de resgate do mamífero!! Realmente não tinha jeito de resgatar ela.. Parabéns também a você, Milton!!
ResponderExcluirGostei de sua cobertura durante o tempo de encalhe do animal e até mesmo sobre outros assuntos que você aborda.
Sucesso!!!
NÃO ACHO QUE MEREÇA PARABÉNS!! O PROJETO BALEIA FRANCA NÃO TEVE ESTRUTURA PARA SALVAR ESSA BALEIA. NO INÍCIO DO ENCALHE JÁ DEVERIAM TER PROVIDENCIADO O RESGATE .JÁ QUE O PORTO DE IMBITUDA DISPÕE DE BARCOS POTENTES. ACOMPANHEI TODO DRAMA E NÃO HOUVE NEM A TENTATIVA DE RESGATE COM BARCOS. NÃO DERAM NENHUMA CHANCE DA BALEIA TENTAR SOBREVIVER DEVOLVENDO-A AO MAR. O PROJETO BALEIA TEM QUE ESTAR MELHOR PREPARADO PARA ESSE TIPO DE PROBLEMA. A FINALIDADE DO PROJETO NÃO PODE SE RESUMIR EM PROPAGANDAS PARA PRESERVAÇÃO DO ANIMAL E SIM RESGATES E SALVAMENTOS!! REALMENTE, O PROJETO FALHOU AO NEM SE QUER TENTAR DEVOLVER ESSE MAJESTOSO ANIMAL AO MAR,O QUAL JÁ SE ENCONTRA EM EXTINÇÃO. ALEGARAM QUE O BARCO ESTAVA EM MANUTENÇÃO, QUE A MARÉ ATRAPALHAVA, ENFIM ACHARAM MAIS FÁCIL SACRIFICAR O ANIMAL. AFINAL, PARA QUE EXISTE ENTÃO ESSE PROJETO? DECEPÇÃO E TRISTEZA!
ResponderExcluirTriteza!Seu post já foi publicado!
ResponderExcluirAtenciosamente.
Antoani/Equipe Link Premiado
http://www.linkpremiado.com.br
Considero lamentável a perda de tempo de físicos, matemáticos e engenheiros, em construir equipamentos bélicos, e se esquecem de criar armas para combater as queimadas de maneira mais eficiente e, equipamentos de salvamento e resgate simples mas eficientes, para salvar animais como este, que veio a ser sacrificado. É como se a vida não importasse...não tivesse valor algum. Todos os anos, situações como esta, se repetem pelo mundo afora, mas ninguém tem inteligência suficiente para criar formas de salvar vidas tão importantes, ou simplesmente desmerecem a existencia destes seres delicados e sensíveis.
ResponderExcluirAs baleias encalham por vários motivos dentre eles; nadam muito perto da praia, doença e outros. Mas como todo mamífero, sua resistência pulmonar é grande para resistir por muito tempo fora da água. Além de tudo, possui uma grande camada de gordura que a protege. Deixar essa baleia morrer é muito grave!!!! Um maravilhoso animal em vias de extinção. Mas a gravidade não se resume nesse triste fato. O mais indignante, revoltante, inaceitável foi a falta de socorro adequado.
ResponderExcluirO projeto Baleia franca, Marinha,Ongs, Bombeiros,Porto de Imbituba,etc não foram capazes de colocar barco no local com equipamentos apropriados (cintas longasmacias, boías, etc) como ocorreu no Rio grande do sul, operação realizada com sucesso. Alegaram várias desculpas como 'barco em manutenção",cabos de aço que machucariam o animal"...INVERDADE!!!
Enquanto isso, o sofrimento do animal era enorme na areia.
SOLUÇÃO TOMADA; SEDAR O ANIMAL E FAZER EUTANÁSIA
INCOMPETÊNCIA, FALTA DE VONTADE, INEFICIÊNCIA, DESCASO !!
ATÉ QUANDO?!!
ISSO SEM FALAR NO GASTO COM OS VENENOS USADOS.
PORQUE NÃO USARAM O DINHEIRO PARA SALVAR O ANIMAL?
É DECEPCIONANTE SÓ TEMOS QUE LAMENTAR...
Orra pessoal, entendam uma coisa!
ResponderExcluirAs variáveis desse acontecimento são que: O mar estava em ótimas condições, não teve uma influência muito forte numa corrente maritíma,a baleia pode estar com alguma doença que a impossibilite de ter força suficiente para seguir seu trajeto, e até mesmo por estar nadando muito próximo a praia.
Não se pode culpar às ongs e orgãos reponsáveis sobre o acontecimento, se é para o animal morrer ele vai morrer, isso foi natural, a população de baleias cresce todo ano agora, a tendência é que aconteça isso de novo. Além do que, que o animal ficou numa posição difícil, sendo que as ondas vinham lateralmente a cabeça do mamífero, então não me venham dizer que o pessoal não tentou, porque foi muito bem estudado as possibilidades da remoção da baleia, mas não foi possível por motivos obvios!
O trabalho é difícil demais, as vezes acontece de não ter o que fazer mais, foi como nesse caso, e claro, as vezes é total falta de capacitação dos orgãos responsáveis, como foi no caso da Baleia Jubarte do RS.
Abraço
essa cris é uma idiota, ta louco ... ela pelo jeito não leu a materia, dizendo que os barcos não conseguiam chegar perto da baleia ... e outra, mesmo que os barcos conseguissem, quem ia levantar a baleia para passar os cabos, ou cordas em baixo dela? afinal, ninguem ia puxar o rabo dela né? infelizmente é uma perda "grande" mesmo ... mas fazer o que ...
ResponderExcluirÉ lamentável o despreparo das partes envolvidas na "tentativa de salvamento" da baleia. alegam vários motivos infames no qual não poderam ha salvar. Agora me diz, estudaram pra que? nem pra fazer uma eutanasia descente se prestaram, aplicaram medicamentos no qual a baleia não morreu e só aumentaram mais o seu sofrimento.Pelo jeito nem sabiam o que estavam fazendo, pra nem saber a dosagem correta de um medicamento. Isso nos deixa indignados e revoltados com tanto despreparo.
ResponderExcluirO ser humano se acha muito importante, pq salvar uma baleia?
ResponderExcluirJá dizia George Carlin, tooodo mundo quer salvar alguma coisa,, salve a baleia!, salve as árvores!, salve aquele caracol!.
Pq o ser humano insiste em interferir no ciclo natural das coisas?
Apenas aceite.
Essa baboseira de salvar o Planeta.. existe coisa mais egoísta que isso?
o ser humanos só está preocupado com um habitat limpo para ele.. se fosse pelos outros seres vivos, ele nao estaria nem aí!
Chega de hipocrisia.
Cara vcs são muito burros!
ResponderExcluirA baleia tava em choque ...ou seja ela n se movia s´orespirava se botasse na agua capaz de ela morre é afogada seus energumenos!
Acho que deviam ter aprovitado sua carne e gordura enquanto ainda havia tempo..... e tanta gente passando fome!!!!!!!!! Vai entender.
ResponderExcluirO que não consigo entender é um projeto de cunho ambiental e preservacionista matar o animal...se encalhou e não temos equipamento para remove-la, apesar de equipamentos existirem em outros paises...tudo bem, mas aplicar drogas para mata-la é demais..Isto que vivo aqui em imbituba, capital nacional da baleia franca..ironia?!?! Não aceito que o projeto atue como braço do governo, e não faça nada para tentar impedir a eutanasia do animal, mas fica a lição! devemos comprar material para desencalhar as proximas que virão, e tentar não terminar com outra triste eutanasia!! Abaixo à eutanasia!! Salvem as baleias Franca.
ResponderExcluirCaralho Marcos!
ResponderExcluirPrecisa aprender um pouco mais sobre os hábitos de baleias!
As baleias estão em preservação, há um crescimento da população de baleias francas bem expressivo, claro que haverá encalhes e mortes das mesmas, sendo que algumas podem ser salvas, e posteriormente voltar a encalhar, pode ter sido doença, instabilidade do animal, são muitas hipóteses, mas no final é só isso que vejo
"VAMOS SALVAR AS BALEIAS, INCOPETÊNCIA DOS ORGÃOS RESPONSÁVEIS"
Porra! Sensacionalismo, hipocrisia!