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sexta-feira, junho 01, 2012

Quando gênios dançam a obra do Gênio...

A COMPANHIA
Fundada em Paris em 2008, a Cia. Tango Ostinato é dirigida pela bailarina e coreógrafa de dança contemporânea Claudia Miazzo, e pelo bailarino e coreógrafo de tango argentino João Paulo Padovani. Claudia e João Paulo têm trilhado nesses últimos anos suas qualidades e o desejo de desenvolver projetos de pesquisas oriundas na criatividade da troca de conhecimento. O estágio do tango argentino em sua evolução atual, e a dança contemporânea, são as tomadas para se entender a rica e sensível mudança que se estabelece. Desenvolver o trabalho fora de clichês do tango, com base na ferramenta de uma linguagem técnica sólida para se expressar, são os pontos de partida da investigação. Ouvir o eu e o outro, a dualidade entre a tomada de decisão e de abandono, alternando entre guia e ser guiado, oferecem um espaço maravilhoso para explorar a fim de desenvolver e escrever uma dança. Essa é a essência da Cia. Tango Ostinado. 


                                           
O AUTOR
Ástor Pantaleón Piazzolla nasceu em Mar del Plata em 1921 e morreu em Buenos Aires em 1992. Filho dos imigrantes italianos, aos quatro anos foi com a sua família viver em Nova York em busca de melhores condições de vida. Em seu período estadunidense se tornou fluente em espanhol, inglês, italiano e francês e iniciou seu interesse por música. Em 1929 ganhou seu primeiro bandeneon do pai, e em 1933 começou a tomar aulas de piano com Bela Wilde, um pianista húngaro discípulo de Serguéi Rachmaninov. Em Nova York conheceu o cantor argentino de Tango Carlos Gardel, enquanto este estava na cidade para rodar o filme "El día que me quieras", onde atuou como um garoto entregador de jornais. Compositor de tango mais importante da segunda metade do século XX, estudou harmonia e música erudita com a compositora e diretora de orquestra francesa Nadia Boulanger. Em sua juventude, tocou e realizou arranjos orquestrais para o bandoneonista, compositor e diretor Aníbal Troilo. Quando começou a fazer inovações no tango, no ritmo, no timbre e na harmonia, foi muito criticado pelos tocadores de tango mais antigos. Ao voltar de Nova Iorque, Piazzolla já mostrava a forte influência do Jazz em sua música, estabelecendo então uma nova linguagem, seguida até hoje. Quando os mais ortodoxos, durante a década de 60, bradaram que a música dele não era de fato tango, Piazzolla respondia-lhes que era música contemporânea de Buenos Aires. Para seus seguidores e apreciadores, essa música certamente representava melhor a imagem da metrópole argentina.

A OBRA
"Oblivion" não é a mais importante obra de Piazzola, pelo contrário, mas talvez seja aquela que mais se aproxima dessa mudança que se estabeleceu na característica do tango argentino. Muito provavelmente é a que mais se encaixa na definição da "música contemporânea de Buenos Aires". Pouco executada pelo autor (a bem da verdade quase material nenhum existe de gravação original dessa obra), passou a ser interpretada por orquestras e violoncelistas, com adaptação para o Violoncelo e o Violino, bem como dançada por várias companhias que tem nela a verdadeira expressão do tango melancólico de Astor Piazzolla. Assim como essa interpretação do casal Claudia Miazzo e João Paulo Padovani. Tomara que você goste! 



Fontes de dados: Youtube e Wikipédia. Textos de minha autoria. 

5 comentários:

  1. Piazzolla, Zeca Baleiro, post - Tudo muito bom.
    Um abraço e um final de semana bacana.

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  2. O tango é simplesmente lindo, nos arrebata ao dançar ou simplesmente qnd estamos olhando.
    Tenha um lindo fim de semana.

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  3. Paulo e Filha, obrigado pela visita!
    Um ótimo findi tbém à vocês!

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  4. Mandou super bem Milton, mais uma vez.
    Ótima pesquisa nos proporcionando cultura e boa música.

    Bons Dias!!!

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  5. Bom Dia.
    È um prazer enorme estar conhecendo seu blog tens postagens excelente.
    Já estou seguindo você.
    Um feliz final de semana beijos,
    Evanir..

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