Hoje recebi uma mensagem de Khalil Gibran, pensador, poeta e escritor de muitos livros. De origem árabe, colocou nas suas obras, todos os períodos da existência terrena do homem, com linguagem simples, mas de profundidade sem par, dando sutilmente o entendimento de que aqui neste plano, nossa história não tem fim...
Nesta, das muitas de suas obras, o grande mestre fala sobre os filhos que temos, que gostaríamos estivessem sempre ali, colados em nós. Não apenas no coração, mas sempre a presença presente, de presente. Achamos que eles são nossos eternos aprendizes, que não crescem... e morremos de vontade de ficar sempre no comando de seus caminhos, como se fosse tudo sempre infindável.
Amores eternos, eles são ! Mas, precisam seguir seus passos... não necessariamente, dentro dos nossos. Quem somos nós, para montar a trilha de uma vida, mesmo aquela, levada em nosso ventre, durante tanto tempo e que fizemos as trocas, na hora de dar à luz... Minha existência pela sua, pois afinal, tudo nesta hora, poderá acontecer.
Porém nossos filhos nem sabem o que isso significa. Estão ali por obra do destino e da força de um Ser Superior? Ou então, foram predestinados a estarem ali em nosso ventre? No seio familiar onde estamos neste hoje em dia?
Muito prudente, poético e emocionante, quando escreve o grande pensador: “Seus filhos não são seus filhos”... Suas almas moram na casa do amanhã e a vida não anda para trás e nem detém o ontem...”
A bem da verdade ele nos sugere, que todas as situações que escrevi anteriormente, remetem as nossas vivencias, para a síndrome do ninho vazio... Que fase difícil para os pais e mães esta constatação!
E, se não formos suficientemente fortes, vamos querer prender nossos pássaros, nossos navegadores, nossos caminhantes, os nossos próprios filhos, sem dar-lhes a oportunidade, direito deles, de seguirem seus próprios rumos.
Muito doloroso deixar que eles saiam de nossa visão constante, mas é preciso entender, guardar a dor e deixá-los viver a existência, que foi fruto de suas escolhas.
A nós cabe a orientação, o amor doado, sem nada pedir, nem exigir. O amor que doado foi, será a resposta de suas ações em relação a nós. Esta, será também a certeza de nosso sucesso ou derrota, pois no mundo atual, criar e educar um ser são um dos maiores desafios da nossa história...
Mas khalil Gibran ainda nos deixa algo, que se usarmos com sabedoria e passarmos de geração a geração, estaremos mais tranquilos ou mais em paz:
“Aprendi o silencio com os faladores, a tolerância com os intolerantes, à bondade com os maldosos e por estranho que pareça, sou grato a esses professores”.
Desse modo digamos aos filhos, que já não são mais nossos, mas do mundo...que em certas ocasiões, o contrário... é que está correto!!!
Certamente, eles continuarão nossos e dos outros... Mas assim é a vida!
E estas palavras, até chegam a consolar...
Porém, falando bem com o coração, queria ficar assim...aninhada e aninhando cada um deles, como fosse uma chocadeira, para todo o sempre.
Os verdadeiros pais e mães são desse jeito... Todavia haveremos de nos perguntar:
Para nossos filhos, apesar de tudo, eles nos consideram heróis ou bandidos?
Ah! Quisera ter a resposta na ponta da língua...Mas não tenho não! Nem minha alma me diz!
Vou deixar que eles amadureçam e respondam...
Um dia... talvez... a gente ouça o que tanto deseja ouvir...
Você é meu herói, você é minha heroína!
(Eliane Volpato)
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