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quarta-feira, abril 20, 2011

A fantástica história do menino que "domou os ventos"

Escondido entre Zâmbia,Tanzânia e Moçambique, o Malauí (Malawi) é um 
país rural do Sudeste da África com apenas 15 milhões de habitantes. 
A três horas de carro da capital Lilongwe, a vila de Wimbe vê um garoto de 15 anos juntando entulho e madeira perto de casa. Até aí, novidade nenhuma para os moradores. A aparente brincadeira fica séria quando, dois meses depois, o menino ergue uma torre de cinco metros de altura. Roda de bicicleta, peças de trator e canos de plástico se conectam no alto da estrutura e, de repente, o vento gira as pás. Ele conecta um fio, e uma lâmpada é acesa. O menino acaba de criar eletricidade. A partir dai a importância de suas descobertas só cresceram. William Kamkwamba, agora com 23 anos, já foi convidado para talk shows, deu palestras no Fórum Econômico Mundial, na TED, tem site oficial, uma autobiografia - The Boy Who Harnessed the Wind (O Menino que Domou o Vento, ainda inédito no Brasil) - um documentário a caminho e atualmente estuda com bolsa que lhe foi conseguida, após ficar famoso, numa escola de Joanesburgo, na África do Sul. O futuro, segundo ele próprio afirma, é fazer faculdade nos Estados Unidos, com uma bolsa que já está garantida. O pontapé de tamanho sucesso se deve a uma junção de miséria, dedicação, senso de oportunidade e uma oferta generosa de lixo.


Mas a saga de William Kamkwamba merece ser contada em mais detalhes. Tudo começou com uma seca terrível que no ano 2000 deixou grande parte da população do Malauí em situação desesperadora.
Com as colheitas reduzidas drasticamente, as pessoas começaram a passar fome. "Meus familiares e vizinhos foram forçados a cavar o chão pra achar raízes, cascas de banana ou qualquer outra coisa pra forrar o estômago", diz Kamkwamba. A miséria o impediu de continuar na escola, que exigia a taxa anual de US$ 80. Se seguisse a lógica que vitima muitos rapazes na mesma situação, o destino dele estava definido: "Se você não está na escola, vai virar um fazendeiro. E um fazendeiro não controla a própria vida; ele depende do sol e da chuva, do preço da semente e do fertilizante", diz Kamkwamba.
Para escapar dessa sentença, começou a frequentar uma biblioteca comunitária a 2 km de sua casa. No meio de três estantes com livros doados pelo Reino Unido, EUA, Zâmbia e Zimbábue, Kamkwamba encontrou obras de ciências. Em particular, duas de física. A primeira explicava como funcionam motores e geradores. "Eu não entendia inglês muito bem, então associava palavras e imagens e aprendi física básica." O outro livro se chamava Usando Energia, tinha moinhos na capa e afirmava que eles podiam bombear água e gerar eletricidade. "Bombear um poço significava irrigar, e meu pai podia ter duas colheitas por ano. Nunca mais passaríamos fome! Então decidi construir um daqueles moinhos." (Eis as fotos da obra de Willian oito anos atrás). 


 















Fontes: Revista Galileu, Portal Luiz Nassif, Google
   
E para fechar essa história fantástica e maravilhosa, eis uma apresentação de Willian na TEDGlobal de 2009, depois dele já ter se apresentado numa TED de 2007, onde o próprio confessa não ter se saido muito bem.


Espero que vocês gostem deste post e repassem isso a seus amigos, pois não existe exemplo melhor de "como se vencer na vida" do que o desse garoto. É claro que ele não é o único, mas - sem dúvida - é fenomenal o que fez. 

5 comentários:

Thami Silva disse...

Vidas como a dele, mostra que sempre devemos perseverar e ter esperança, pois tudo que queremos, se queremos mesmo de fato, acontecerá !

Querido, fico muito feliz por ter encontrado meu cantinho e mais ainda por estar lá.
Adorei o seu e igualmente já sigo.

Ótimo feriadão, bjos.

Milton Alves disse...

Querida Thami!
Realmente a história de William é de nos dar forças para continuar essa luta por um mundo melhor. Também quero lhe agradecer pela visita e por estar nos seguindo. Venha sempre!
Beijos!

Sérgio disse...

Milton!
Que coisa maravilhosa. Esse mundo ainda tem chance, pode ter certeza. Basta nossos dirigentes seguirem exemplos como este!
Lindo.

Rioblogger - Eduardo Rey disse...

Post fantástico, parabéns!

Milton,já coloquei seu blog na página principal do meu blog (Rioblog), pois visitei sua página e gostei muito. Sabe a sensação de visitar um blog e desejar ter escrito vários dos posts que estão por lá? Bem, foi isto que senti a respeito do "Posts à beira mar". Abraço e parabéns mais uma vez.

PODE FUÇAR... disse...

Caraca ... to de queixo caído. Bela história . A mano, tou de post musical novo lah no blog.

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