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sábado, dezembro 03, 2011

Recordando...

Não sei porque, mas hoje lembrei do filme "Retratos da Vida" - cujo titulo original em francês "Les Uns et les autres", se transformou num dos maiores sucessos mundiais do chamado cinema de arte.  Lançado em 1981 e contando um drama provocado pelo totalitarismo nazista, se transformou num ícone de toda uma geração de brasileiros que transpirava liberdade nos últimos anos do regime militar. O filme envolve 4 histórias básicas. Enquanto o mundo batalhava entre si durante a Segunda Guerra Mundial, quatro famílias de distintos países - Estados Unidos, França, Alemanha e Rússia - todas envolvidas com a música e com a dança, se cruzam em circunstâncias históricas e se unem através do drama. Este clássico apresentou pro mundo moderno o antológico "Bolero" de Maurice Ravel, criado em 1928, com uma coreografia marcante do magistral bailarino argentino Jorge Donn em plena Praça do Trocadéro parisiense. A música tornou-se uma verdadeira febre na época, sendo quase impossível ouvi-la e não associá-la ao filme. Composto de um elenco de extraordinários atores - James Caan, Robert Houssein, Geraldine Chaplin, Nicole Garcia, Fanny Ardant entre outros - sob a direção do renomado diretor Claude Lelouch, destacado pela criação de diversas obras primas do cinema de arte, Retratos da Vida foi, sem dúvida, um dos filmes mais marcantes de sua época e continua encantando plateias do mundo inteiro. No vídeo abaixo a última sequencia de "Bolero de Ravel" no filme, no espetáculo do Trocadero parisiense, interpretado magistralmente pelo inesquecível argentino Jorge Donn, que morreu de Aids na Suiça em 1992. Se você ainda não assistiu "Retratos da Vida" procure nas locadoras que trabalham com filmes de arte. Se você assistiu, talvez curta - que nem eu - a reprodução maravilhosa dessa inesquecível sequencia. 



* Prá quem não assistiu ao filme. Essa última sequencia mostra um Show na Praça do Trocadéro pariense promovido pela Cruz Vermelha Internacional e transmitido pela televisão ao mundo todo. Nele surgem  bailarinos, cantores, músicos e maestros, filhos e netos de personagens envolvidos com essas artes que foram vitimas da 2ª Guerra Mundial e cujas histórias foram contadas no passar das 3 horas em que dura a película. O filme tenta mostrar a resistência da raça humana aos regimes totalitários através da união daqueles que promovem a arte. Um verdadeiro espetáculo e um exemplo para as gerações futuras.  
  

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