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sexta-feira, maio 25, 2012

A nova visão da fotografia internacional

Uma exposição fotográfica ironicamente batizada de Out of Focus (Fora de Foco) reúne, em Londres, trabalhos de 38 artistas de 13 países diferentes, que oferecem uma perspectiva internacional sobre a fotografia contemporânea. Cada um dos nomes que participam da exposição na Saatchi Gallery usa a fotografia de forma completamente diferente, seja na técnica ou nos temas que abordam. "A exibição vem num momento em que o mundo da fotografia passa por um de seus momentos mais ricos e complicados", dizem os organizadores. Entendem eles que milhões de imagens são colocadas na internet todos os dias, tornando estímulos visuais mais presentes que nunca antes na história. Os curadores também dizem que noções antigas de grandes diferenças entre fotógrafos "profissionais" e "amadores" estão sendo reviradas e as fronteiras entre os diversos tipos de fotografia estão cada vez mais tênues. Entre os trabalhos à mostra na exposição estão a já famosa foto da rainha Elisabeth II de olhos fechados, de Chris Levine, e imagens de senhoras vestidas com carne animal, parte do trabalho de Pinar Yolaçan. Colagens de grandes metrópoles e retratos de personagens excêntricos também fazem parte da coleção. Out of Focus fica em cartaz na Saatchi Gallery, em Londres, até o dia 22 de julho.

Esse é um trabalho da fotógrafa Phoebe Rudomino para a Johnson & Johnson num comercial de TV sobre hidratação corporal. Phoebe Rudomino é uma mergulhadora e fotógrafa subaquática de comerciais, com base em estágio subaquático no Pinewood Studios, a única instalação de seu tipo no mundo. Ela é especializada em cenas de fotografias subaquáticas e de vídeo para filmes, TV e comerciais. Esta fotografia foi tirada durante uma sessão de fotos para um comercial e fez parte da "Água na Lens", uma exposição de fotografias subaquáticas tomadas em Pinewood que teve lugar no County Hall em Londres Southbank em 2009. Agora a foto está sendo exposta em Londres. (VEJA MAIS)


A famosa foto da Rainha Elisabeth II de olhos fechados, feita pelo fotógrafo Chris Levine, um canadense de Ontário que hoje vive no Reino Unido, foi um "acidente" feliz. Levine fazia parte de uma comissão encarregada de fazer um retrato holográfico da Rainha, num processo que envolvia uma extraordinária variedade tecnológica, entre as quais uma câmera digital de alta resolução que se movia ao longo de um trilho captando 200 imagens em oito segundos para a formulação de conjuntos de dados em 3D. A rainha era obrigada a ficar parada por 8 segundos de cada vez, e entre os passes, ela fechou os olhos para descansar. Levine ficou impressionado com a beleza de seu estado meditativo e agarrou o obturador. Um quadro como este teria sido inconcebível há 20 anos atrás. Olhos fechados eram reservados para grandes cantores e músicos, que estavam em sintonia com outro mundo, Reis, Rainhas e estadistas tinham que ter os olhos abertos e fixos firmemente no aqui-e-agora. Nos últimos anos, a rainha foi um jogo justo para subversivas imagens decisivas como esta que também está na galeria em Londres. 




Essa foto se intitula "Anônima" e foi feira em San Francisco, no Boulevard 15. A obra é da americana Katy Grannan, que nasceu em 1969 em Arlington, MA, e hoje vive e trabalha na Califórnia e no Brooklyn, NY.  




Essa foto intitulada "Retrato de Polvo" é da japonesa Yumiko Utsu. Yumiko faz parte de uma geração de jovens fotógrafos japoneses mulheres que tomaram a fotografia com uma paixão na década de 1990. Suas influências, porém, não eram das tradições da fotografia japonesa, mas das fantasias loucas de artistas ocidentais desde Hieronymus Bosch até os surrealistas como Dalí e, seu favorito, o animador checo, Jan Svankmajer.



Pinar Yolaçan, uma jovem fotógrafa turca que vive e trabalha em Nova York, nos apresenta um paradoxo: o corpo vestido como (uma espécie de) nú. Em sua série intitulada "Perecíveis", a artista equipou estóicas matronas britânicas em carne animal. As modelos de Yolaçan são relíquias do desvanecimento do Império Britânico, as descendentes distantes de mulheres que foram casadas com os administradores de colônias. Agora são elas que se submetem ao escrutínio da lente. Além das questões de raça e poder, há uma questão mais profunda: a relação confusa e contraditória que temos com o reino animal. Yolaçan nos lembra de uma simples verdade: nós somos aquilo que comemos.

CLIQUE AQUI  e conheça todas as obras que estão expostas em Londres, bem como seus autores. 

Um comentário:

Marina Linhares disse...

Sensacional!!!
O post ficou show!
As outras fotos também estão um arraso!
Ponto pra você!

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