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quinta-feira, junho 21, 2012

Brasil: o país dos contrastes

O Brasil está sediando essa semana a "Rio +20", uma Conferência das Nações Unidas sobre desenvolvimento sustentável. O mais interessante é que enquanto sedia um evento que visa preservar o meio ambiente e garantir um futuro melhor para os nosso Planeta, o Brasil continua envolto nas suas mazelas com a natureza, permitindo o desmatamento das florestas, a pesca ilegal, a exploração descontrolada de plantas medicinais e até mesmo o trabalho que ronda a situação da escravidão. O fotógrafo Mario Tama, da agência Getty Images, que veio ao Brasil cobrir a "Rio +20", passou na semana nos estados do Pará e Maranhão, onde constatou algumas dessas agressões à natureza que continuam acontecendo sobre os olhares omissos das nossas autoridades. E olha que ele nem entrou no verdadeiro coração da Floresta Amazônica, passando só por fora. De todo o ensaio escolhemos algumas fotos que mostram a triste realidade brasileira.
Um homem cruza de motocicleta com um caminhão que transporta madeira ilegalmente cortada nas terras "protegidas" dos povos da Reserva Indígena Arariboia, no estado do Maranhão. Integrantes da tribo Guazhazhara dizem que as suas florestas estão sendo destruídas por madeireiros que já mataram integrantes da tribo que tentaram detê-los. Nos dias de hoje a Amazônia brasileira é o lar de mais de 20 milhões de pessoas. A agropecuária, o desmatamento, a mineração, construção de barragens e até mesmo a especulação imobiliária ilegal, incluindo a apropriação dos recursos florestais e terras indígenas, colocam em cheque toda a preservação da Amazônia brasileira. (Mario Tama/Getty Images)


As margens de uma rodovia, no Estado do Pará, uma árvore nativa sobrevive ao lado de uma área reflorestada que acabará sendo colocada abaixo, servindo para o comércio de madeira. 

Rodovia Federal BR 222, no Estado do Pará. O que construído para o deslocamento e bem estar da população, foi transformado em rota para a destruição da Amazônia. 


Medicamentos feitos a partir das ervas da Amazônia são vendidos no mercado histórico "Ver-o-Peso", em Belém, capital do Pará. Belém é considerada a porta de entrada para a Amazônia, e mais de 300 navios ao ano chegam em seu porto para descarregar as suas mercadorias, a maioria delas tiradas ilegalmente da Floresta. 


 Trabalhadores descarregam cestos do fruto acaí no mercado "Ver-o-peso" em Belém. Apesar de ser uma fruta típica da região e dar em abundância, a comercialização desenfreada preocupa os ambientalistas. 


Uma mulher corta plantas e flores da Amazônia para vender no mercado.  


As pessoas compram peixe no mercado Ver-o-Peso após eles serem pescados nos rios da Floresta. Pescadores e outros que ganham a vida com a pesca na Amazônia estão cada vez mais preocupados com a massa de riscos ambientais, incluindo a poluição da mineração, o escoamento de resíduos agrícolas e o assoreamento devido ao desmatamento.



Nessa última série de fotos, tiradas no interior do município de Rondon do Pará,  dois problemas.
1º que a maior parte da madeira usada para produzir o carvão vegetal é explorada ilegalmente, e 2º porque a maioria desses trabalhadores são explorados à exaustão, não usam equipamentos de segurança e correm enorme risco de vida. Um verdadeiro trabalho no regime de semi-escravidão porque eles ganham por produção.   

3 comentários:

Marina Linhares disse...

As fotos são preciosas... já as imagens... uma falta de respeito com a natureza.
Rio+20 não vai dar em nada... lamentável.

Milton Alves disse...

Concordo em tudo contigo.
Fotos interessantes que nos mostram um Brasil irresponsável!

Gera Careka disse...

E a história se repete sempre...desde quando eu era criança já via estas imagens chocantes e tocantes!!!

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