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quarta-feira, junho 08, 2011

Hoje faz 1.379 anos

Profeta Maomé recitando o Alcorão em Meca
 (gravura do século XV)
Ele foi tão importante para o Islamismo quanto Jesus foi para o Cristianismo. Aliás, ambos foram os precursores das respectivas religiões. Pois hoje faz exatos 1.379 anos que Maomé morreu aos 62 anos na cidade de Medina, deixando para o planeta o legado do Islã, uma das religiões mais poderosas da história da humanidade. Maomé nasceu em Meca no ano de 570 dC e morreu em Medina no dia 8 de Junho de 632, sendo, sem dúvida, o mais importante líder religioso e político do mundo árabe. Segundo a religião islâmica Maomé é o mais recente e último profeta do Deus de Abraão. Para os muçulmanos, Maomé foi precedido em seu papel de profeta por Jesus, Moisés, Davi, Jacob, Isaac, Ismael e Abraão. Como figura política, ele unificou várias tribos árabes, o que permitiu as conquistas árabes daquilo que viria a ser um império islâmico que se estendeu da Pérsia até à Península Ibérica. Não é considerado pelos muçulmanos como um ser divino, mas sim, um ser humano; contudo, entre os fiéis, ele é visto como um dos mais perfeitos seres humanos.
Nascido em Meca, Maomé foi durante a primeira parte da sua vida um mercador que realizou extensas viagens no contexto do seu trabalho. Tinha por hábito retirar-se para orar e meditar nos montes perto de Meca. Os muçulmanos acreditam que em 610, quando Maomé tinha quarenta anos, enquanto realizava um desses retiros espirituais numa das cavernas do Monte Hira, foi visitado pelo anjo Gabriel que lhe ordenou que recitasse uns versos enviados por Deus, e comunicou que Deus o havia escolhido como o último profeta enviado à humanidade. Maomé deu ouvidos à mensagem do anjo e, após sua morte, estes versos foram reunidos e integrados no Alcorão, durante o califado de Abu Bakr. Maomé não rejeitou completamente o judaísmo e o cristianismo, duas religiões monoteístas já conhecidas pelos árabes. Em vez disso, informou que tinha sido enviado por Deus para restaurar os ensinamentos originais destas religiões, que tinham sido corrompidos e esquecidos.
Muitos habitantes de Meca rejeitaram a sua mensagem e começaram a persegui-lo, bem como aos seus seguidores. Em 622 Maomé foi obrigado a abandonar Meca, numa migração conhecida como a Hégira (Hijra), tendo se mudado para Yathrib (atual Medina). Nesta cidade, Maomé tornou-se o chefe da primeira comunidade muçulmana. Seguiram-se uns anos de batalhas entre os habitantes de Meca e Medina, que se saldaram em geral na vitória de Maomé e dos seguidores. A organização militar criada durante estas batalhas foi usada para derrotar as tribos da Arábia. Por altura da sua morte, Maomé tinha unificado praticamente o território sob o signo de uma nova religião, o Islã.

Um comentário:

RicaKuns disse...

Olha cara!
Sou cristão, mas gostei muito do teu post. Primeiro porque a gente sempre aprende com a história, e depois acho legal quando diversificas sobre tudo aqui neste espaço.
Raramente vejo alguém ocidental cristão tratar os muçulmanos e o islamismo com tanta naturalidade quanto tú. Legal isso!
Abraço forte!

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