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quinta-feira, agosto 02, 2012

"Rostos de Esperança"

Neste artigo apresentamos uma visão do Afeganistão a partir da perspectiva do fotógrafo Martin Middlebrook. Ele passou a maior parte dos últimos três anos documentando a vida real das pessoas comuns em todo o Afeganistão, para um projeto chamado "Rostos de Esperança". Em 2010 este projeto foi exibido na Conferência Internacional de Cabul, e em 2011 numa exposição no Museu Britânico em Londres. Middlebrook escreve: "Faces of Hope vai ser transformado em um livro, num reposicionamento da humanidade, colocando de volta a bondade nas pessoas. O Afeganistão é um país mal compreendido. Um lugar devastado por 32 anos de contínuo conflito. E no coração dessa destruição, estão as almas das 34 milhões de pessoas comuns tentando sobreviver nesta terra de sangue e poeira".

A menina em uma sala de aula em Herat. Se já existe um rosto de esperança para o futuro, esse é a nova geração de meninas educadas. Elas compreendem a oportunidade que lhes foi dada mais do que podiam imaginar. Elas sabem que foi uma oportunidade negada as suas mães.



O menino na entrada da mesquita em Herat. Sorrindo para o novo mundo que surge no país. 

Um lojista no Farushi Ka Bazzar, em Cabul. Eles dizem que o Afeganistão é uma nação de comerciantes. São o sangue vital da economia.



As crianças brincam na piscina velha construída pelos soviéticos durante a dominação sobre o país, em uma colina com vista para Cabul.



O povo afegão é uma nação de comerciantes, pequenos empresários, agricultores e ferreiros.


O Afeganistão foi arrasado ao longo de 30 anos de conflito, e com a guerra perdeu muito do meio ambiente, que era rico que cobria grande parte do país. Nada simboliza mais a devastação das florestas nos últimos 30 anos, do que o homem velho ao lado de uma pilha de lenha.


A diversão inocente da infância ainda existe em abundância. De alguma forma, o desejo da infância é robusto e esperanças e aspirações são muitas, independentemente da verdade dos seus dias. A pobreza é onipresente, e, como tal, é normalidade para a maioria - o que realinha a condição humana. Para os afegãos as coisas simples ainda têm valor, coisas que nós, no Ocidente, de alguma forma perdemos de vista.


Um homem pula em uma poça em uma rua esburacada de Cabul. Um salto de esperança nesses anos críticos do país.


Os restos selvagens da guerra ainda fornecem o pano de fundo para a existência de milhões de famílias. Muitas vivem em prédios semi destruídos. 


Os hazaras são a espinha dorsal da economia do país. Cabe a eles o trabalho duro, e fazem tudo isso com um sorriso no rosto. Há cinco principais etnias no Afeganistão, mas se houver um trabalho sujo ou pesado para ser feito, na maioria das vezes são os hazaras que o farão!


Quase todas as crianças do Afeganistão agora recebem educação básica, com um número crescente de jovens indo para a universidade.


Irmãos de armas - da melhor maneira possível. A vida é contagiante. Independentemente da renda e das carreiras, velhos valores ainda permanecem. Ninguém nega que o Afeganistão enfrenta um futuro complexo e grave, e que o curso de questões políticas e de segurança são importantes - mas a grande maioria de sua população de 30 milhões, são apenas pessoas simples, famílias felizes e comunidades que anseiam por um regresso à paz.


Um metalúrgico Afegão. Isto é o que você recebe da maioria dos afegãos, um sorriso profundo que aquece a alma. 


Crianças sorrindo, felizes, no Afeganistão que tenta se ajeitar.


A reconstrução continua em ritmo acelerado, apesar das preocupações de segurança no futuro.


Que futuro, que chances terá essa geração de meninas? Muitas simplesmente esperam apenas respirar, pois estes são tempos críticos para milhões de pessoas que desejam e merecem um futuro mais justo, um papel mais igual.


Ferreiros em Herat, a velha maneira de se fazer as coisas ainda é responsável em muitas áreas no país. 


Criança com a esperança estampada no rosto.


Crianças dançam na tempestade de areia em um dia de verão em Cabul. 


O Afeganistão é um lugar difícil de clima brutal e uma história complexa, e está escrito nos rostos da maioria das pessoas.


Imagens como esta são cada vez mais raras, mas na maioria das esquinas você ainda pode encontrar a pátina da guerra, as perfuração de um AK-47.


Sob o domínio dos Talibãs todas as meninas foram proibidas de receber educação, mas ao longo dos últimos 11 anos da ocupação isso foi revertido. O grande temor de muitos é com o ressurgimento do fundamentalismo do Talibãs.


As crianças querem aprender. Falta agora a estrutura necessária para isso.


Um menino aperta seu rosto contra a janela de um carro no Afeganistão.


Um helicóptero da antiga União Soviética, operado pelo Exército afegão sobrevoa baixo, alimentando o medo. Enquanto alguns meninos fogem, outros atiram pedras.


Há ainda um lado mais sombrio à vida no Afeganistão - a opressão das mulheres. Ela é abundante e perniciosa, e começa em uma certa idade, uma idade em que as mulheres se tornam bens dos homens - nem mais nem menos. Nada é mais lamentável do que este controle, nada mais poderá comprometer o futuro do Afeganistão mais do que a falta de direitos das mulheres. Mas já há motivos para otimismo, pois muitos jovens e mulheres estão se esforçando para mudar a abordagem de seus pais.

3 comentários:

Berto Garcia disse...

Espectaculares imagenes ...buff para un amateur como yo son increibles y dificiles de hacer Felicidades

Anônimo disse...

a Joy for the eyes!
Big hug

Cris Campos disse...

Lembrei do "Caçador de pipas"...
Um país marcado pela devastação, incompreensão e intolerância. Apesar do que vivem diariamente eles conseguem sorrir com brilho nos olhos. Lindo post Milton! Como sempre foi muito bom passar por aqui.. Gr. Bj. meu querido!

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